Motoristas reclamam do aumento e dizem que procuram postos mais baratos.
Postos que cobravam R$ 2,99 pelo litro atualizaram valores para até R$ 3,25.
O preço do combustível em Porto Velho sofreu aumento de cerca de R$ 0,06, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo (Sindpetro). Os motoristas, reclamam e atribuem a elevação à cheia histórica do Rio Madeira, que impede que balsas carregadas atraquem no porto. Mas o sindicato nega qualquer relação. Para abastecer os veículos por um preço mais baixo vale sair de um ponto a outro da cidade. Postos que tinham preços de R$ 2,99 já cobram do cliente R$ 3,25 pelo litro da gasolina, segundo os consumidores.
A cheia do Rio Madeira, que tem cota de 17,93 metros, registrada na quinta-feira (20), já desabrigou 378 famílias e desalojou outras 958, em Porto Velho e mais 14 distritos.
A autônoma Tiana da Silva Oliveira precisou abastecer o carro nesta quinta e, ao realizar o pagamento, notou o aumento de R$ 3,09 para R$ 3,15, no litro da gasolina. “Eu não tinha percebido. Agora você me questionando que percebi e ouvi dizer que ainda vai ficar pior”, afirma. Um frentista do posto onde Tiana abasteceu confirmou o aumento, mas não soube precisar a razão.
Diferente de Tiana, o mecânico Sidinei da Silva conta que no posto onde normalmente costuma abastecer, na Zona Sul da capital, o litro da gasolina já está custando R$ 3,25. Segundo ele, desde quando o rio começou a subir muito, o posto aumentou o valor do combustível. “Antes eu pagava R$ 2,99. Agora tenho que fugir para cá porque está mais barato aqui. Será que ainda vai ficar pior?”, questiona o consumidor que encontrou gasolina a R$ 3,15 em um posto de combustíveis da Zona Leste de Porto Velho..
A funcionária pública Terezinha Fernandes reclama do preço cobrado ao abastecer o veículo e, de acordo com ela, o frentista do local onde costuma comprar o combustível relaciona o aumento à cheia do rio. "Está tudo ficando o olho da cara. Acho que vou ter que encostar meu carro", reclama Terezinha.
"Aqui ainda não aumentou, mas já tem postos vendendo a R$ 3,25, aumento de cerca de 15%", diz o vendedor Richardson Araújo de Souza. O posto onde Richardson abasteceu é gerenciado por Francisca Nascimento e ela afirma que já há falta de álcool e a gasolina está quase no fim. Segundo a funcionária, o produto chega ao estabelecimento via terrestre, de Cuiabá (MT) e, deve chegar com atraso. Há risco do produto acabar antes da encomenda chegar. “Aqui ainda não houve aumento, mas devemos esperar chegar essa remessa por terra para saber como vai ficar. A matriz quem vai decidir”, diz gerente.
Em outro estabelecimento, o frentista Gilson Alves conta que não houve aumento de preço, mas já recebeu informações que nos próximos três dias, o produto deve ficar mais escasso. “Sabemos que está vindo de uma filial em outro município, porque por água não tem mais como. A cheia está muito grande e perigosa”, frisa o frentista.
Já o secretário executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo (Sindpetro), Eduardo Valente, afirma que o aumento que ocorreu agora não é referente a cheia do Rio Madeira, mas sim porque houve elevação no preço do álcool. “O Mato Grosso está na entressafra do álcool e agora deve aumentar cerca de R$ 0,06. Com a cheia, nós ainda vamos ver como vai ser, e se vai haver aumento”, diz o sindicalista. Valente reitera que Porto Velho não deve ficar desabastecida de combustível, pois os donos de postos utilizam a via terrestre como forma alternativa, mesmo deixando o produto mais caro.
Cheia em Guajará-Mirim
Em Guajará-Mirim e Nova Mamoré a situação é ainda pior. Após ficarem isoladas por conta da transbordamento do Rio Araras, os postos de combustíveis foram esvaziados. Na quarta-feira (19), a rota alternativa criada para chegar às duas cidades isoladas foi fechada por cerca de mil pessoas que reivindicam melhorias na região.
Em Guajará-Mirim e Nova Mamoré a situação é ainda pior. Após ficarem isoladas por conta da transbordamento do Rio Araras, os postos de combustíveis foram esvaziados. Na quarta-feira (19), a rota alternativa criada para chegar às duas cidades isoladas foi fechada por cerca de mil pessoas que reivindicam melhorias na região.
O protesto completa 24 horas e a população local está fechando o comércio e indo até um galpão onde a concentração acontece. As cidades isoladas não estão recebendo combustíveis, alimentos e água mineral. A cheia histórica do Rio Madeira atinge o afluente Araras, que interditou a BR-425, principal acesso para a fronteira com a Bolívia.
Um litro de gasolina a R$ 5
O presidente do Sindicato dos Taxistas de Rondônia, Francisco Sales, admitiu que os companheiros estão se submetendo à “exploração” dos bolivianos que chegam a revender o litro de gasolina por até R$ 5 na cidade Guajará-Mirim (RO), na fronteira do Brasil com a Bolívia. Somente os taxistas conseguem chegar até a cidade, que teve a linha interestadual, explorada pelas empresas Real Norte, Eucatur e Viação Rondônia suspensa em razão do grande alagamento do Rio Araras. A lâmina de água sobre a ponte, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) é estimada em 55 centímetros.
Um litro de gasolina a R$ 5
O presidente do Sindicato dos Taxistas de Rondônia, Francisco Sales, admitiu que os companheiros estão se submetendo à “exploração” dos bolivianos que chegam a revender o litro de gasolina por até R$ 5 na cidade Guajará-Mirim (RO), na fronteira do Brasil com a Bolívia. Somente os taxistas conseguem chegar até a cidade, que teve a linha interestadual, explorada pelas empresas Real Norte, Eucatur e Viação Rondônia suspensa em razão do grande alagamento do Rio Araras. A lâmina de água sobre a ponte, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) é estimada em 55 centímetros.
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